domingo, 26 de julho de 2009


Grazzi Yatña


Pano de muro ao deitar costas

incidiu suposição de espectro

e verteu viés.

Costas a deitar muro

rolando macias

na boca

da pele:

engenho.

2 comentários:

  1. às vezes penso que a autora é uma árvore que dá tulipas de sylvia plath, bicicletas de beckett, sedas de baricco, subterrâneos de gide, recordações de dostoievsky sobre a casa dos mortos, fogos de almodovar, etc, etc. depois eu deixo de ser besta e vejo que a árvore de grazzi dá é grazzis, mesmo. e que isso é vivo e ajuda a vida a respirar. neste seu poema achei poucas pistas. reescrevi-o para mim com três taças: carinho, sexo e avanço mediante obstáculos. o desfecho me trouxe respostas, o poema, perguntas. queria mais pistas.
    bejo!
    bel.

    ResponderExcluir
  2. Hoje, são poucos os frutos, e são poucas as flores, e ainda assim o meu sangue não basta. Não há água nova, e nem sol novo, e nem sementes novas, e nem calor suficiente, e nem pastos férteis, e nem ladainhas - contrárias a esta - que desejem viço à planta.

    Temo que minhas tempestades e seus relâmpagos persistam nesta seca safra. É pouco contar com esperança, mas é verde a sua cor, tal e qual são os campos.

    E uma única semente persiste, o que não é pouca coisa, aninhada no coração desta terra inerte porém imensa. É aí também onde ficas.

    ResponderExcluir